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GIRA

Palavra em quimbundo nijra, que significa “caminho”, “rota” ou “via”. Culto ritualístico que  permite nos conectar com nossas entidades.

GIRA PADRÃO

Evento litúrgico que  acontece semanalmente para atender a comunidade em geral. Cada gira contempla uma linha de entidades da casa (p.ex.: Preto Velho, Caboclo, Exú e assim sucessivamente.).

GIRA FESTIVA

São giras para celebrar datas específicas no calendário litúrgico da casa. Nelas compartilhamos com nossas entidades e a comunidade, a alegria de mais um dia de especial relevância para nossa comunidade

RITO DE UMA GIRA

A gira é um evento recorrente na nossa casa. As portas são abertas para o público em geral, que comparece para receber orientações dos guias espirituais.

É um acontecimento solene cuja cerimônia segue uma ordem cronológica formal de rituais que variam conforme a circunstância que a mesma está acontecendo. Vamos aqui detalhar os rituais de uma gira ordinária que acontece semanalmente em nossa casa.

Preleção

É uma conversa descontraída do sacerdote ou um membro por ele indicado, que de forma geral, informa como é o processo dentro da casa neste específico dia, orientando todos a forma de proceder e como os atendimentos serão direcionados.

Defumação

É o processo de queima de ervas colhidas, preparadas e devidamente abençoadas por membro com permissões para este ato. A fumaça oriunda desta queima harmoniza o ambiente, limpando-o de energias negativas, facilitando a conexão com o sagrado. Normalmente este ritual é acompanhado por cantigas específicas (pontos) executadas pelos Ogãns e acompanhados pelos demais (inclusive pela assistência) com os toques de atabaques também executados pelos Ogãns cujo ritmo varia conforme a circunstância e os cânticos entoados.

Prece invocatória

É uma prece, normalmente feita pelo sacerdote ou, na sua falta ou conveniência, pode ser conduzida por membro preparado para tal.

O objetivo desta prece é abrir os trabalhos onde os guias são invocados para estarem presentes no gira através dos médiuns presentes e preparados para tal evento.

Gira

É o momento que os médiuns seguindo orientação do sacerdote, ou membro preparado para tal indicado por ele, formam um círculo e iniciam o ritual de dança e gira.

Este ritual é seguido com cânticos específicos (pontos) executadas pelos Ogãs e acompanhados pelos demais (inclusive pela assistência) com os toques de atabaques também executados pelos Ogãs cujo ritmo varia conforme a circunstância e os cânticos entoados.

Incorporação

É a sequência natural da gira. Este momento acontece quando o processo da gira ocorre de forma adequada em sincronia com as vibrações emanadas pelos atabaques acompanhadas dos cânticos.

Neste momento ocorre a ligação dos médiuns com suas entidades que, através deles, se fazem presentes no terreiro para prestar ajuda espiritual a todos que a eles procurarem.

Atendimento aos consulentes

Depois de todos preparativos feitos por cada entidade, o responsável pela gira inicia o processo de encaminhamento das pessoas para atendimento pelas entidades.

Neste atendimento, cada entidade é auxiliada por um membro preparado para tal (Cambone), onde o mesmo ajuda o consulente a entender no que lhe for passado.

Desincorporação

Fenômeno de saída da entidade. Concluído os atendimentos, ela se retira do recinto, deixando o médium e levando consigo todas características peculiares de cada uma.

A partir daí, a preparação de cada médium determina o grau dos vestígios que ficam da entidade no seu corpo.

Desfecho.

Quando todas entidades se retirarem, o sacerdote ou a pessoa por ele indicada executa o processo de fechamento da gira, dando por encerrado os trabalhos; isso é feito através de orações e agradecimentos.

Higienização astral e limpeza física do ambiente

Procedimento de higienização astral acontece conforme percepção do sacerdote e a física é obrigatória para não deixar vestígios no salão onde ocorreu a gira.