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CONHEÇA NOSSA CASA

É natural que pessoas fiquem assustadas que alguém diz que frequente um terreiro. isso é consequência da desinformação ocasionada pele difusão de falsos conceitos sobre a prática das religiões de matriz africana como a nossa. Nosso templo não difere muito dos demais. Aqui você vai conhecer um pouco de nossa estrutura e, caso tenha interesse, venha nos visitar; verá que, diferente do que falam por aí, nosso templo (carinhosamente chamado de “terreiro”), é um local de louvação, culto e práticas inerentes a nossa crença religiosa.

Para começar, a palavra “terreiro” vem de terra e significa um espaço extenso de terra batida localizados em quintais extensos, onde se transita com os pés no chão. Essa tradição é preservada até hoje, mesmo naqueles cujo piso já não tenha esta característica; essa é uma forma de se conectar com o chão e com as nossas próprias raízes.

Seu tamanho varia com o número de médiuns (explicamos mais a frente sobre eles) e com a perspectiva de pessoas que lá vão nos visitar por curiosidade ou em busca de uma ajudas das nossas entidades (também explicamos melhor mais a frente). Ele é dividido em setores que, com o tempo e a frequência, vão sendo conhecidos pelos que lá circulam.

ESTRUTURA DA GIRA PADRÃO

As giras acontecem semanalmente para atendimento a comunidade em geral.

LEGENDA

  1. Pai e Mãe de santo (Sacerdotes da casa)
  2. Curimba e Ogãs
  3. Mãe de Santo
  4. Ekedji
  5. Entidades incorporadas
  6. Auxililiares da gira
  7. Cordenador(a) da poteira
  8. Cambones
  9. Assistência

Existem outros espaços também importantes e essenciais para o bom funcionamento do terreiro. Há, por exemplo, na entrada, uma área para firmeza das proteções da casa. Nela são firmados oferendas e pertences das entidades protetoras da casa. Normalmente é um local fechado denominado “porteira”.

Tem também o Congá, que em yoruba identifica o altar. O Congá é onde ficam as imagens, as velas e outros artefatos de poder. Costumam ser decorados de acordo com o culto e/ou evento que irá acontecer na casa. Local onde os membros reverenciam e a “batem cabeça” para o seu povo.

FUNÇÕES

A Casa Chico Preto é uma comunidade. E como toda comunidade é importante que se tenha uma estrutura mínima para garantir um funcionamento harmônico e funcional. A caminhada de cada filho requer que o mesmo assuma uma função dentro da estrutura da casa exercendo-a com amor, dedicação zêlo pelos fundamentos e valores desta comunidade.

FUNÇÃO LUTÚRGICA

São funções diretamente ligadas as práticas da nossa religião.

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

Funções dessa natureza existem para garantir o bom funcionamento da casa.

GRUPO DE TRABALHO

São grupos formados para executar projetos específicos da casa.

FUNÇÃO LITÚRGICA

ABIÃ – É a pessoa que começa a frequentar o terreiro como assistente, e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. Frequentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, como assistentes (ou consulentes).

CAMBONO(A) – É trabalhador anônimo. Em nossa casa, a função de Cambono pode (e deve) ser exercida por todos, independente da sua condição na casa. Entretanto, aos membros acolhidos é dada preferência para exercê-lo porque as tarefas inerentes desta função exigem apenas que a pessoa seja colhida pela casa e que tenha já uma certa vivência e conhecimento das regras que norteiam o terreiro e lhe permite adquirir conhecimentos com as entidades e os demais membros.

YAÔ (Filho ou Filha de Santo) – É a pessoa acolhida e que já passou por rituais específicos para tal

YABACÊ (Cozinheira de Santo) – É a encarregada de preparar as comidas ritualísticas. É uma função de prestígio porque é ela que prepara as comidas usadas nos rituais da casa.

YATABAXÊ (Solista) – Tem a permissão de cantar para todas as Entidades durante as cerimônias (o xirê) junto com os Ogãs Alabês.

DAGÂ (Filha mais velha em obrigações no terreiro) – Cuida dos despachos de Exu antes do culto.

EBÂMI ou EBAMI – Filho de santo mais velho em obrigações – Tem também a função de despachar Exu.

Nota: Ebâmo ou Ebami e Dagã, são o mesmo nível, o nome muda apenas devido à diferença de sexo.

OGÃ ALABÊ – É o responsável pelo toque dos atabaques, pelas cantigas e pelo pé de dança, ou seja, são os Alabês que ensinam os Yaôs a dançar.

OGÃ AXOGUM – É quem tem o poder da mão de faca, ou seja, é quem tem autorização perante o chefe do terreiro e dos Orixás para realizar qualquer sacrifício de animais.

EKEDJI – A ekedi é aquela  que toma conta do terreiro durante a gira.

Nota: As Ekedjis e os Ogãs não incorporam. Alçadas para esta função por determinação direta das entidades do Pai de Santo, tem o dever de zelar pela integridade da casa; principalmente quando o Pai de Santo está incorporado. São pessoas de sua extrema confiança.

YAKEKERÊ  (Mãe Pequena) – Substituta da(o) chefe do terreiro.

BABAKEKERÊ (Pai pequeno) – Substituto do(a) chefe do terreiro.

YALORIXÁ (Mãe de Santo) – Maior autoridade feminina dentro do terreiro.

BABALORIXÁ (Pai de santo) – É o líder do terreiro. Nesta função, acumula experiências e conhecimento das práticas da religião, se preparando também para, em tempo certo, ter o direito da outorga do título de BABALAÔ.

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

São funções responsáveis por planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos e processos da casa, visando alcançar seus objetivos e garantir seu bom funcionamento.
PLANEJAMENTO –  Envolve a definição de metas, objetivos e estratégias para alcançar resultados desejados. O planejamento também inclui a alocação de recursos e a elaboração de planos de ação.
ORGANIZAÇÃO – Abrange a estruturação e o arranjo dos recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos da organização. Envolve a definição de responsabilidades, a criação de hierarquias e a divisão de tarefas.
DIREÇÃO – Refere-se à liderança e ao gerenciamento das pessoas e equipes dentro da organização. Envolve motivar, guiar, comunicar e coordenar os esforços individuais e coletivos em direção aos objetivos estabelecidos.
CONTROLE –  Consiste no acompanhamento, monitoramento e avaliação do desempenho em relação aos padrões estabelecidos. O controle permite corrigir desvios, tomar decisões e ajustar as ações necessárias para garantir o alcance dos resultados esperados.
São interdependentes e se complementam e desempenho efetivo dessas funções contribui para a eficiência, eficácia e sucesso da casa.

GRUPO DE TRABALHO

Os grupos de trabalho são meios eficazes de compartilhar conhecimentos, promover a inovação, incentivar a criatividade e alcançar resultados além do alcance individual. Um grupo de trabalho é uma equipe composta por indivíduos que se reúnem com o propósito de realizar uma tarefa ou projeto específico.
Composição: Um grupo de trabalho é formado por indivíduos com competências complementares, que trazem diferentes perspectivas e experiências para lidar com a tarefa em questão. Os membros podem ser designados para o grupo ou se voluntariar para participar.
OBJETIVO –  O grupo de trabalho é estabelecido com um objetivo claro e definido. Pode ser a conclusão de um projeto, a resolução de um problema, a tomada de uma decisão ou a execução de uma tarefa específica. O objetivo guia as atividades do grupo e define a direção a ser seguida.
COOPERAÇÃO – A cooperação é fundamental em um grupo de trabalho. Os membros compartilham informações, ideias e recursos, contribuindo de forma colaborativa para o alcance dos objetivos. A comunicação efetiva e a confiança mútua são essenciais para o bom funcionamento do grupo.
RESPONSABILIDADES – Cada membro do grupo de trabalho possui responsabilidades e papéis específicos relacionados à tarefa em questão. Essas responsabilidades podem ser definidas previamente ou emergir durante o trabalho em equipe. É importante que todos os membros compreendam suas funções e contribuam de maneira adequada.
TOMADA DE DECISÃO – A tomada de decisão é uma atividade frequente em um grupo de trabalho. Os membros discutem e avaliam diferentes opções, considerando diversos pontos de vista, antes de chegar a um consenso ou tomar uma decisão por meio de votação ou liderança.
LIDERANÇA – Em um grupo de trabalho, pode haver um líder designado ou emergente que orienta e coordena as atividades do grupo. O líder ajuda a manter o foco, a promover a participação de todos os membros e a resolver conflitos, buscando alcançar os melhores resultados possíveis.