LINHAS
A Casa de Chico Preto já nasceu africanista e prestando culto a um número bem maior que sete orixás. Além disto, buscamos fundamentar as práticas nas heranças africanistas, deixando em segundo plano práticas mais exotéricas e místicas como as que vários seguimentos da religião adotam. A bem da verdade, o culto direto e incisivo a orixá, em nossa casa, não se dá na esfera ritualística da Umbanda e sim nas bases tradicionais africanas. Obviamente as giras e ritos gerais entendidos como umbandistas recebem influências dos Orixás, porém não emanam diretamente deles. Assim sendo, a necessidade de conceituar as sete linhas se torna mínima.
Primordial, para nós, é compreender a existência de sete linhas de trabalho, que se diferenciam entre si por diversos fatores onde o mais preponderante é a organização cultural dos povos de origem. Enquanto a linha dos pretos velhos é constituída pela raiz do povo africano, que viveu sob a condição de escravo em solo brasileiro, temos a linhas dos caboclos de pena formada por espíritos do povo aborígene brasileiro que conviveu aqui durante o processo de colonização do país. Cada linha atua segundo sua memória sociocultural, remanescente da última encarnação. Dessa maneira, não procuramos desvendar uma estrutura unânime das linhas, mas em compreender e dar vazão a categorias de entidades trabalhadoras abaixo descritas: